A lenda do feiticeiro ibérico de Hernøsundh

Era uma noite típica na taberna de Hernøsundh, com o som do mar lá fora e o calor das histórias e do hidromel aqui dentro. Eu estava imerso em um jogo de "Hnefatafl", o jogo de tabuleiro dos reis, um embate de estratégia e astúcia, quando algo extraordinário aconteceu.

Ah, caros leitores do Café Viking, deixem-me contar sobre uma noite em Hernøsundh (hoje conhecida como Härnösand), em 1391, que até hoje agita as águas da minha memória como um navio fantasma nas ondas do mar.

Era uma noite típica na taberna de Hernøsundh, com o som do mar lá fora e o calor das histórias e do hidromel aqui dentro. Eu estava imerso em um jogo de "Hnefatafl", o jogo de tabuleiro dos reis, um embate de estratégia e astúcia, quando algo extraordinário aconteceu.

Em um canto, um jovem de aparência exótica, com traços que falavam das terras quentes da Península Ibérica, observava o jogo. Ele se aproximou silenciosamente, como se fosse um elfo das lendas, e com um sorriso enigmático, pediu para participar. Perguntamos como ele se chamava e ele prontamente, com um sotaque difícil de entender, se identificou apenas como Alvaro.

O que se seguiu foi nada menos que mágico. Cada movimento dele no tabuleiro parecia ser guiado por forças invisíveis. Com uma elegância que desafiava a lógica, ele virou o jogo a seu favor, deixando todos nós, rudes vikings, completamente boquiabertos. E então, como se tocados por um feitiço, todos na taberna caíram em um silêncio sobrenatural, como se o próprio Odin tivesse nos ordenado a ouvir as canções das Valquírias.

Eu, fiquei tão imobilizado pela magia quanto os outros, minha mente girando como um teetotum em uma noite de Yule. Foi Hrafnkell, meu corvo astuto, que depois me contou os detalhes, já que, aparentemente, a magia não tinha efeito sobre os olhos perspicazes de um corvo.

O jovem desapareceu tão misteriosamente quanto apareceu, e nunca mais foi visto em Hernøsundh. Após várias horas sob o feitiço de silêncio de Alvaro, todos na taberna começaram a despertar, como se emergissem de um sonho profundo. Havia uma confusão generalizada, olhares perdidos se encontrando, vozes murmurando tentativas de entender o que havia acontecido.

A atmosfera era de incredulidade misturada com uma sensação estranha de reverência. Um a um, foram embora, a noite terminando não com canções ou risadas, mas com um quieto reconhecimento de algo extraordinário.

E assim, naquela noite, em uma taberna viking, onde a magia encontrou seu caminho entre nós, mortais, nasceu a lenda, conhecida como a "Lenda de Alvaro, o Silenciador", ainda é contada, uma história de encantamento e maravilhas que desafiam explicação.

Hoje, o nome de Alvaro é evocado em tom de brincadeira e aviso: "Cuidado, ou Alvaro irá calar!". Uma expressão que traz risos, mas também um calafrio, lembrando a todos daquela noite misteriosa.

Com um brinde à magia, aos mistérios e aos corvos que nos contam as verdadeiras histórias,
Arvid Stormsson ᛝ

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