A primeira vez que ví uma Capivara

Ah, caros amigos do Café Viking!

Deixem-me contar-vos sobre o dia em que me deparei com a mais peculiar das criaturas: a capivara. Era um belo dia ensolarado durante uma de minhas viagens pelo Novo Mundo, mais especificamente no que hoje conhecemos como Brasil. Estávamos no século XVI, no ano de 1537, um tempo em que o mundo estava fervilhando com descobertas, e eu, claro, não poderia ficar de fora da diversão.

Lá estava eu, explorando um vasto e úmido domínio chamado "pantanal", quando meus olhos avistaram o que inicialmente pensei ser o cão mais estranho que já vira.

Era uma capivara! uUm ser que parecia ter sido concebido durante uma reunião dos deuses enquanto estavam de bom humor.

Este magnífico roedor, com seu porte nobre e olhar indiferente, estava acompanhado por sua família, todos banqueteando-se em um banquete de grama como se fossem realeza.

Aproximei-me, tentando uma saudação. "Olá, criaturas de grande barriga e pernas curtas, eu vos saúdo!" Eles me receberam com nada mais que um olhar entediado e continuaram seu regabofe verdejante.

O mais fascinante era como eles pareciam estar totalmente em paz, mesmo na minha presença — um viking de mais de um metro e oitenta, que para eles deveria parecer um gigante de armadura. Eles simplesmente não se importavam. Pensei comigo mesmo: "Essas criaturas têm a confiança de um rei que nunca perdeu uma batalha."

Sem cerimônia, decidi me juntar a eles. Lá estava eu, um aventureiro nórdico, tentando imitar a elegância de pastar de uma capivara. Não é preciso dizer que falhei miseravelmente. Eles mastigavam com uma graça que eu não conseguia replicar!

Quando a noite chegou e tivemos que nos separar, dei-lhes um aceno respeitoso. "Até logo, grandes reis dos pântanos, que vossas barrigas estejam sempre cheias e vossas pelagens sempre secas." Eles responderam com um bocejo coletivo que poderia muito bem ter sido uma bênção real.

Então, meus queridos leitores, foi assim que conheci as capivaras, os nobres mais despreocupados do reino animal. Até hoje, quando penso em tranquilidade, penso naquele encontro, e dou uma risada ao lembrar da minha tentativa falha de pastar.

Com uma saudade afetuosa das terras tropicais,
Arvid Stormsson

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