O dia que lutei ao lado de Egill Skallagrímsson

Deixe-me contar-te sobre uma aventura que vivi com Egill Skallagrímsson, em um tempo de tumulto e bravura, quando o brilho das espadas era tão comum quanto o brilho das estrelas.

📜 Nota do diário: 12 de março de 920

Hoje vou contar uma aventura que vivi com Egill Skallagrímsson, uma daquelas histórias que ficam gravadas na memória como runas em pedra.

Era um tempo de tumulto e bravura, quando o brilho das espadas era tão comum quanto o brilho das estrelas. Naquela época, eu já tinha visto muitos invernos, mas nada se comparava ao que vivi com Egill, um guerreiro poeta berserker de olhar feroz e mente poderosa.

Nossa jornada começou numa taverna em Dorestad, um porto próspero na Frísia. O ar era pesado com o cheiro de hidromel e mar.

Egill, que já era conhecido por suas façanhas e sua poesia áspera, propôs uma missão audaciosa de recuperar um tesouro roubado de um senhor local por um bando de saqueadores. Como aventureiro que sou, aceitei sem nem pensar.

Navegamos para o norte, onde os mares são tão traiçoeiros quanto os gigantes de gelo das antigas histórias. Nossa viagem foi marcada por tempestades furiosas que fizeram nosso drakkar dançar sobre as ondas como um filhote de lobo. Me lembro de Egill, cheio de energia, recitando versos para acalmar os nervos da tripulação, enquanto o céu rugia com trovões.

Chegamos a uma ilha sombria, escondida sob uma névoa espessa. O tesouro estava em uma caverna guardada por homens tão brutais quanto ursos famintos. A batalha foi inevitável. Egill e eu, ombro a ombro, enfrentamos esses homens. Nossas espadas cantaram uma canção de ferro e fúria, cada golpe ecoando com a promessa de glória ou de uma morte honrada.

Egill era uma força da natureza, sua espada se movia com a precisão de um poeta escolhendo palavras para um verso. Em um momento crítico, um dos saqueadores, um gigante de homem, avançou sobre mim com um machado que poderia partir um escudo como se fosse um galho. Egill, rápido como um raio, interveio, me salvando por um fio. A luta que se seguiu foi brutal, mas juntos, vencemos!

Encontramos o tesouro, uma coleção de prata e joias que brilhava como um pedaço de estrelas caídas. Mas mais valioso que o tesouro era o vínculo forjado na batalha. A amizade selada em sangue e poesia que ainda teriam muitos versos futuros.

Voltamos para Dorestad como heróis. A noite em que retornamos foi marcada por celebrações! Egill, com sua voz grave, recitou um poema sobre nossa jornada, imortalizando nossa aventura. Uma lástima eu não me recordar do poema, mas foi como se eu pudesse, por alguns instantes voltar no tempo e reviver novamente a batalha.

Me lembro de olhar para as estrelas naquela noite, sentindo uma mistura de exaustão, alívio e um profundo senso de irmandade. Ao lado de Egill Skallagrímsson, eu havia dançado com a morte e sussurrado segredos para o destino.

Essa aventura, caro amigo, permanece comigo, um lembrete de que a vida, assim como as melhores sagas, é feita de momentos de coragem, laços inquebráveis e histórias que desafiam o tempo.

Com um brinde à bravura e à amizade,
Arvid Stormsson ᛝ

Subscribe to Café Viking

Don’t miss out on the latest issues. Sign up now to get access to the library of members-only issues.
jamie@example.com
Subscribe